sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Doenças Cardiovasculares com alta incidência em idosos

Apesar de não muito recente a tabela acima mostra que as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte entre os idosos, e os números hoje ainda são altos.


Aterosclerose


Durante o envelhecimento as paredes dos vasos sofrem espessamento e se tornam rígidas, o que as fazem mais susceptíveis a lesões. Quando lesionados os vasos atraem uma grande quantidade de monócitos (um tipo de leucócito) que se prendem ao local da lesão, e posteriormente se transformam em células que acumulam gordura. Ao longo do tempo, essas células se acumulam causando espessamento das paredes dos vasos, essas placas chamadas ateromas, são constituídas principalmente por colesterol, células musculares lisas e células do tecido conjuntivo. As artérias afetadas pelos ateromas perdem a sua elasticidade e a medida que eles crescem tornam-nas mais estreitas. Essas placas também sofrem com a calcificação, o que tornam as artérias ainda mais susceptíveis a rompimento. O ateroma pode evoluir a um trombo (se solta da parede e cai na circulação podendo obstruir outra artéria importante, como no caso do AVC), ou então à uma embolia ( obstrução total da artéria em que se encontra).

Os principais fatores de risco para a ocorrência da doença são :
1.hipertensão arterial
2. níveis sanguíneos elevados de colesterol
3.tabagismo,
4.diabetes
5.obesidade
6.falta de exercício físico


Doença Arterial Coronariana




É um tipo especial de aterosclerose, onde as artérias coronárias, que são as que nutrem o coração, são obstruídas.  Um dos principais sintomas dessa doença é a chamada angina pectoris, que é uma dor torácica transitória ou uma sensação de pressão que ocorre quando o miocárdio não recebe oxigênio suficiente. A evolução mais séria da doença leva ao infarto do miocárdio, quando a irrigação de determinada região do coração é totalmente interrompida ou drasticamente reduzida por alguns minutos, o que acarreta a morte do tecido cardíaco, o tamanho da lesão determina o nível de gravidade do infarto, causando a morte do indivíduo ou uma insuficiência cardíaca, pela redução da capacidade de bombear o sangue pelo tecido morto.

Angina pectoris


Aneurisma da Aorta abdominal e torácica



Um aneurisma é uma protusão na parede da artéria, de forma sacular. Ela se desenvolve nas paredes de vasos fragilizados, são grandes fatores de risco a hipertensão arterial e a aterosclerose. Quando ocorre na aorta abdominal tem como principal sintoma um dor forte na região abdominal, já na aorta torácica, o aneurisma causa uma pressão nas estruturas que estão em contato com a aorta torácica, como por exemplo, o esôfago.



Insuficiência Cardíaca


É a doença na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração não é suficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e nem de nutrientes do corpo. O coração não consegue suportar a carga de trabalho. São inúmeras as doenças que podem causar insuficiência cardíaca, como estenose das valvas cardíacas, a aterosclerose, a obesidade, diabetes. Os principais sintomas são a fraqueza e o cansaço.




Postado por Meyrianne Almeida 

Referências:





segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Envelhecimento e doenças Cardiovasculares, o que tem a ver?




O envelhecimento é um processo normal que ocorre em todas as células do nosso corpo, não simultaneamente. Como já esclarecemos em outras postagens, esse processo é explicado por várias teorias, que podem está associadas entre si, estruturando o envelhecimento normal. Então, por que as doenças cardiovasculares tem maior incidência em pessoas idosas, já que envelhecer é normal?
Vários são os motivos que levam a esse fato, tentarei discorrer alguns deles. Com o avanço da idade, os mecanismos de controle dos produtos tóxicos, decorrentes das reações do organismo, se tornam menos eficientes, gerando o chamado stress oxidativo. O excesso desses produtos dentro das células, sendo o principal deles a lipofuscina (produto da digestão de restos celulares e bastante tóxica, conhecida como a substância da velhice), faz com que elas iniciem a apoptose (morte celular programada), assim as células cardíacas se degeneram.
Ao mesmo tempo em que existe a redução do número das células cardíacas, as que restam sofrem com o depósito de colágeno. E ao contrário do que se pensa, o coração idoso hipertrofia, por causa dessa deposição, principalmente o ventrículo esquerdo. Também, devido ao colágeno, as valvas cardíacas  ficam espessas e rígidas, e muitas vezes esse espessamento chega a gerar o sopro cardíaco, já que as valvas tem o importante papel de controlar o fluxo de sangue para os ventrículos, e isso pode se acentuar a ponto de acarretar problemas mais sérios. Em geral em todas as células ocorre calcificação.





O coração tem um sistema especial de células que controlam a frequência cardíaca, como um marcapasso natural, são células cardíacas especializadas capazes de transmitir impulsos nervosos. Esse sistema é formado pelo nódulo sinoatrial, nódulo atrioventricular, feixe de His e feixe de Purkinje. Quando envelhecemos, nesse sistema ocorre perda celular, com substituição por tecido fibroso e gordura. Assim, é natural em pessoas idosas a frequência cardíaca ser reduzida.
Depois de mostrar o que ocorre naturalmente com o sistema cardiovascular durante o envelhecimento, agora sim, vamos falar das patologias. Um conjunto de fatores pode levar à predisposição às patologias cardíacas, que tanto atingem os idosos, eles funcionam acentuando as alterações normais do organismo, é como se fossem gatilhos para as doenças. Entre eles a obesidade, o fumo, a falta de prática de exercícios físicos, a diabetes e o tabagismo, ao longo dos anos o estilo de vida adquirido pela pessoa pode ser preponderante para a ocorrência das doenças.


As doenças mais comuns como a aterosclerose, insuficiência cardíaca, hipertensão, estenose aórtica, doença coronariana, infarto do miocárdio, angina, estão em geral ligadas entre si. Algumas funcionam como um sintoma para as mais sérias e fulminantes, como a hipertensão e estenose aórtica, sinalizam que algo está em desacordo no organismo. Infelizmente, essas doenças “sinalizadoras”, quase sempre são assintomáticas, até uma evolução mais grave, como um infarto, por isso a importância de um acompanhamento médico frequente.

Como já disse é normal o coração idoso ter uma redução na frequência cardíaca, por isso percebemos que pessoas mais velhas não conseguem desenvolver atividades tão desgastantes com a mesma habilidade de um jovem, o oxigênio não é aproveitado em sua totalidade e a capacidade de compressão dessa bomba que temos está reduzida. O corpo possui uma estratégia para tentar aumentar a pressão dos vasos e com isso aumentar também a frequência, o sistema responsável por isso se chama “Renina-angiotensina-aldosterona”. A renina é uma proteína produzida nos rins, que além de ajudar na retenção de água, promove a ativação do angiotensinogênio, produzido no fígado, em angiotensina-I. A angiotensina-I se modifica em angiotensina-II, e essa é fundamental para a eficiência do sistema, ela é vasoconstritora, promove o aumento da retenção de Na+  e água, estimula a liberação de aldosterona, que também aumenta a retenção de água, e ela também estimula a liberação das catecolaminas. Toda essa primeira parte do sistema faz com que nos vasos haja mais líquidos o que aumenta o fluxo, e também a frequência, entretanto, o sistema não para por ai, ele vai estimular os receptores elétricos do coração para aumentar a velocidade dos batimentos. As catecolaminas, são neurotransmissores como noraepinefrina, adrenalina, ao serem liberadas elas aumentam o ritmo cardíaco ativando os receptores β-adrenérgico, o que causa vasoconstrição, elas promovem a perda de K+ e Mg+ pelo miocárdio, ao deficiência de O2 aumentando a captação de Ca+ o que inativa as mitocôndrias (local da célula responsável por produzir a energia que utilizamos). Na corrente sanguínea as catecolaminas sofrem oxidação, gerando radicais livres, o que em idosos pode se acentuar causando o quadro chamado cardiotoxidade, o que intensifica a degeneração das células.

Fonte: hipertensao22010.blogspot.com

Essa sistema de controle da frequência cardíaca, é bastante eficiente, no entanto quando é ativado sob condições inapropriadas, pode ser um contribuinte para a doença. Em pessoas por exemplo, que tem o hábito de consumir alimentos muito gordurosos, e não possuem uma dieta equilibrada, ao chegar à idades mais avançadas, os vasos não são tão resistentes como antes e sofrem algumas pequenas lesões, no espaço dessas lesões as placas de gordura se fixam, e ocorrem a calcificação, doença que chamamos de aterosclerose. A aterosclerose, pode gerar um quadro de hipertensão cardíaca, já que reduz o diâmetro dos vasos, e o fluxo de sangue continua o mesmo. Não raramente essas placas podem entupir vasos importantes como os que nutrem o coração, as artérias coronárias, causando um infarto. Outras vezes, essas placas se soltam da parede do vaso de origem e são carregadas pelo corpo através do fluxo sanguíneo podendo causar um AVC (acidente vascular cerebral), ou trombose. Como o sistema “Renina-angiotensina-aldosterona”, acelera o coração, ele pode também associado ao estilo de vida que o indivíduo possui, funcionar como um gatilho para o aparecimento de algumas doenças, como no exemplo dado acima.
É importante, que vocês estejam cientes de que um coração saudável se constrói ao longo da vida toda, e nunca é tarde para se tomar atitudes que podem salvar a sua vida, como uma dieta balanceada, práticas de atividade física, curtir a vida sem stress, não fumar, assim o nosso corpo não terá motivos para não agradecer. Lembrem-se os maus hábitos podem nos fazer vítimas de nós mesmos!!!

Nada melhor do que o amor para conservar o coração saudável!
Postado por: Meyrianne Almeida Barbosa

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ufa! Depois destas perguntas...


o velho cansou...
boa noite a todos....zzzzzzzzzzzzz

Pergunta que o velho responde nº 1

1) Por que a replicacao de uma fita de DNA e' feita continuamente e a outra de maneira descontinua?                

E qual a interferência da telomerase nesse processo? (pergunta do grupo Abobrinhas da Mídia)

Resposta para a 1ª pergunta: Tal fato ocorre devido a uma propriedade da enzima DNA polimerase. Uma dupla hélice de DNA tem duas fitas, sendo uma orientada no sentido 5' ---> 3' e a outra no sentido 3' ---> 5' ; a DNA polimerase só faz a "construção" de uma nova fita de DNA no sentido 5' ---> 3'.



Então basicamente funciona assim: na fita orientada 5' ---> 3' a DNA polimerase I atua linearmente ao longo de toda fita, ou seja, a medida que a percorre, a replica.

Já para fita 3' ---> 5' é exigido um aparato um pouco mais complexo: devido a sua orientação a DNA polimerase precisa dar "um jeitinho" de ler uma fita 3' ---> 5' no sentido 5' ---> 3', para isso ela recorre a enzima primase que constrói uma pequena cadeia de RNA chamada primer. Do ponto onde está o primer até a ponta de outro primer (na orientação 5' ---> 3') a DNA polimerase pode trabalhar da forma certa; o processo se repete gerando essa replicação fragmentada (as partes de DNA entre os primers de RNA são chamados Fragmentos de Okazaki), os primers são posteriormente removidos e substituidos por DNA e por fim todos os fragmentos da fita tardia são unidos pela DNA ligase.

*A réplica da fita 5' ---> 3' é chamada de leading strand ou fita lider; a 3' ---> 5' é chamada lagging strand ou fita tardia.

Resposta para a 2ª pergunta: A telomerase não interfere exatamente nesse processo, mas ela demarca o fim do ciclo replicativo da célula.
Sucintamente o que a telomerase faz é manter ou até elongar uma sequencia de nucleotídeos não codificantes que ficam na ponta dos cromossomos em uma região denominada telômero. A função do telomero é basicamente proteger as sequencias codificantes cromossomo dos danos causados pelo stress oxidativo, isso permite que o genoma não se desestabilize e também que as células continuem se proliferando.

*Vejam uma animação sobre a replicação do DNA:

Pergunta que o velho responde nº 2



2) Sabe-se que as pessoas mais velhas não doentes apresentam diferentes níveis de esclerose. E a degeneração de células nervosas pressupõe alterações de comportamento e metabolismo bastante parecidas com as alterações típicas do Mal de Alzheimer. O que determina, entao, a diferença entre velhice e doença?                        
(pergunta do grupo Bioquímica do Colesterol)
 -----------------------------------------------------------------------------------------------------
Resposta:
Existe um limiar entre o processo normal de envelhecimento e o mal de Alzheimer, que é chamado pela neurologia de “comprometimento cognitivo leve”, onde apenas quadros de falhas de memória são identificados. Existe uma dificuldade pelos especialistas de delimitar até onde é normalidade, isso porque a doença já carrega consigo a dificuldade de ser diagnosticada com clareza. O mal de Alzheimer caracteriza-se por se relacionar com um único gene ou um modelo multifatorial com múltiplos genes e/ou fatores não genéticos. As principais mutações são no gene precursor da proteína beta-amilóide, beta-PAA, no cromossomo 21. A alteração no processamento da proteína beta-amilóide e a hiperfosforilação da proteína TAU formam as chamadas placas senis e as tranças neurofibrilares,  sendo os marcos da doença de Alzheimer. A deposição da proteína beta-amilóide desencadeia a morte neuronal, consequentemente, a perda sináptica, criando a situação característica da doença; perda de memória e diminuição progressiva da capacidades cognitivas.
Alguns autores defendem que as placas neuríticas podem ser encontradas em cerébros de pessoas idosas sadias como um processo natural do envelhecimento, no entanto é mais provável que quando ocorre essa deposição, ela quantitativamente corresponda a fase assintomática da doença.  No processo normal de envelhecimento, as células sofrem morte celular, geralmente por deposição de substâncias tóxicas como a lipofuscina. Além da apoptose no envelhecimento ocorre também a esclerose, sendo em quantidades controladas, já que o desregulamento desse processo também acarreta outras doenças. A esclerose na maioria dos tecidos se caracteriza pela deposição de placas fibrosas, geralmente, colágeno, diminuindo a capacidade e especificidade do tecido, no sistema nervoso central, a esclerose ocorre desmielinizando os axônios, os efeitos disso podem ser percebidos facilmente nas pessoas mais idosas, e às vezes se confundem com doenças neurodegenerativas. É  importante, esclarecer que como já foi dito as incapacidades provocadas pela doença são motivadas por fatores distintos, apesar de serem agravadas pelo fator envelhecimento,  e aparentemente parecerem a mesma coisa.
Assim, podemos concluir que diferenciação do processo normal de envelhecimento da patologia DA é feita a nível celular, analisando os processos bioquímicos que são mais incidentes em cada um, lembrando que o mal de Alzheimer possui um conjunto de fatores que o caracterizam e que podem sim estar relacionados com o envelhecimento, mas a ocorrência desses fatores tem maior incidência no processo patológico. O envelhecimento é um processo normal, e alterações nesse processo podem desencadear patologias e/ou acentuar outras. Espero que tenhamos esclarecido a dúvida!!!

Pergunta que o velho responde nº 3

3) Como funciona o mecanismo dos telomeros e de suas enzimas em células cancerígenas, considerando que as mesmas conseguem se manter jovens e "imortais"? (pergunta feita pelo grupo dos Corticoides)
---------------------------------------------------------------------------------------------------------
Resposta:

A relação entre alterações teloméricas e o desenvolvimento de câncer foi proposta há bastante tempo, na medida em que na maioria das células tumorais os telômeros apresentam atividade, estrutura ou/e tamanho anormal. As células cancerígenas, ao contrário da grande maioria das células humanas, não passa pelo processo de senescência replicativa, ou seja, os seus telômeros não chegam a um limite de encurtamento em que a célula não poderá mais se dividir. Essa ausência de senescência é causada pelo aumento da atividade da enzima telomerase (enzima que catalisa a formação dos telômeros impedindo que eles sofram encurtamento). Por esse motivo as células tumorais apresentam capacidade replicativa ilimitada, sendo muito difícil controlá-las para impedir que elas se disseminem, aumentando os déficits dessa terrível doença chamada câncer. A ação da telomerase no câncer mostra-se um promissor caminho para os estudos que visam à cura do câncer.

O gráfico acima correlaciona o tamanho dos telômeros com o número de divisões celulares, perceba que as células tumorais não entram em atividade apoptótica, elas se tornam imortais e multiplicam-se indefinidamente graças à ação da enzima telomerase que não permite o encurtamento dos telômeros.

sábado, 11 de dezembro de 2010

O uso de suplementos antioxidantes em humanos

              Suplementos contendo antioxidantes e que foram incluídos na alimentação diária de animais de laboratório ocasionalmente foram efetivos em prolongar a vida, apesar de acreditarem que esses tratamentos são eficientes também na redução da morbidade.Certamente,indivíduos que apresentam deficiências em seus níveis de antioxidantes apresentam um risco significativo para doenças cardiovasculares,câncer e outras patologias relacionadas ao envelhecimento.Estudos epidemiológicos recentes mostram que alimentação associada a tipos específicos de antioxidantes oferecem potencial de diminuir o início de doenças decorrentes do envelhecimento e de retardar o aparecimento de distúrbios psicológicos.Muitos estudos mostram que indivíduos que consomem altos níveis  de antioxidantes (especialmente vitamina E),tiveram o risco de doenças cardiovasculares reduzido.Também há evidências de que a vitamina C promove proteção contra cânceres e pode diminuir a pressão sanguínea em pessoas hipertensas.
              Esses estudos são encorajadores, mas não definitivos. É  possível  que um componente apresente mais de um efeito.Ácido ascórbico é usualmente um protetor contra os radicais livres,mas na presença de excesso de metais ele se torna um formador de radicais livres.Tocoferol (vitamina E),pode atuar como um procoagulante. Portanto, prever os resultados da aplicação de doses farmacológicas desses produtos é algo difícil.Uma pesquisa que incluía 30000 ex-fumantes foi realizada,por meio da ingestão diária de (alfa) tocoferol e (beta)caroteno.Participantes que receberam (alfa)tocoferol mostraram um aumento de 18% na incidência de câncer,se comparados a participantes que não receberam esse suplemento.
              As frustrações decorrentes desses estudos foram reforçadas por duas novas descobertas realizadas nos Estados Unidos: a eficácia de retinol  e o estudo de assuntos relacionados à saúde feito por médicos.Em uma pesquisa envolvendo mais de 18000 pessoas,fumantes e expostos a altos níveis de amianto foram alimentados com doses diárias de (beta) caroteno,vitamina A ou um placebo por aproximadamente 8 anos.Os indivíduos que ingeriram (beta)caroteno apresentaram um aumento de 28%na incidência de câncer e tiveram uma taxa de mortalidade aumentada em 17% se comparados ao grupo controle.Não houve diferenças entre os grupos na incidência de câncer ou doenças cardiovasculares.
              Em suma,a ingestão desses tipos de suplementos anteriormente citados precisam de um melhor entendimento antes de sua recomendação.
              O deprenyl(visto possivelmente como fator capaz  de retardar o envelhecimento) é um inibidor  específico da monoamina  oxidase B (MAOB),uma enzima envolvida no metabolismo da dopamina,importante neurotransmissor.
              O deprenyl também apresenta a habilidade de neutralizar os efeitos neurotóxicos de certas drogas ilícitas e é um efetivo agente terapêutico no tratamento de mal de Parkinson.Acredita-se que o Parkinson é conseqüência de metabólitos neurotóxicos produzidos pela ação da dopamina no cérebro. O deprenyl não apenas inibe o aumento da atividade da MAOB no cérebro(decorrente do envelhecimento),mas também bloqueia a absorção de dopamina.A descoberta interessante é que tratamento feito em ratos utilizando do deprenyl mostrou um aumento da longevidade e esse efeito foi observado sem utilizar efeitos de restrição de dietas.
              Um resumo de estudos recentes utilizando ratos submetidos a doses de deprenyl mostram que os animais apresentaram aumento da longevidade.Um efeito coexistente foi o decréscimo na fecundidade de ratos machos.A atividade antioxidante do deprenyl e sua habilidade de induzir atividade de defesa(por meio de antioxidantes) no corpo humano,mostram a efetividade de deprenyl em prolongar a vida.Enquanto que  em alguns experimentos o uso de antioxidantes mostrou-se ineficaz,em outros houve evidências de que danos associados ao envelhecimento celular podem ser atenuados,caso ocorra o uso dessa substância.

Postado por: Rafaella Bernardes